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Fim da lua de mel: Prefeito de Cuiabá perde apoio de 10 vereadores e risco de CPI aumenta

Fonte: PNBONLINE

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Acabou a luda-de-mel dos vereadores da Câmara de Cuiabá com o prefeito Abilio Brunini (PL). É desta forma que fontes dos bastidores do legislativo cuiabano definem a situação atual da relação do prefeito com os vereadores.

Mesmo com a medida de aumentar o número de cargos comissionados, a pedido dos próprios vereadores, o descontentamento ainda é gigante.

O número de insatisfeitos com o prefeito chega a 10 vereadores, são eles: Mário Nadaf (PV), Maria Avalone (PSDB), Dr. Mara (Podemos), Daniel Monteiro (PSB), Maysa Leão (Republicanos), Demilson Nogueira (Progressistas) e Adevair Cabral (Solidariedade), além daqueles que são declaradamente opositores como Marcus Brito Júnior (PV), Dídimo Vovô (PSB) e Jeferson Siqueira (PSD).

O número é suficiente, por exemplo, para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Brunini, se houver um objeto que, na avaliação dos vereadores, provoque comoção popular suficiente para ensejar uma apuração.

Alguns dos vereadores listados protagonizaram embates públicos com o prefeito. Um exemplo é Maysa Leão (Republicanos), autora de duras críticas contra a gestão de Saúde sob o comando de Brunini. Em uma de suas declarações mais fortes, a vereadora afirmou que havia pessoas dormindo em papelão nas unidades de pronto-atendimento e cobrou a secretária Lucia Helena Barboza por mais resultados.

Mais tarde Leão mudou o tom e aparentemente se reconciliou com o prefeito. No entanto, nos bastidores, a informação é de que Maysa continua insatisfeita com a gestão, ainda que esteja evitando criticá-la publicamente.

Daniel Monteiro, que tem um amigo e aliado na educação do município, o secretário Amauri Monge, subiu e manteve alto o tom contra o gestor de Cuiabá. Não perdoou o prefeito ao proferir críticas na área educacional e protagonizou um embate público com Abilio que irritou Brunini ao ponto dele ironizar o vereador e dizer que ele deveria assumir a prefeitura.

Outra vereadora que não demonstra morrer de amores por Abilio é Maria Avalone (PSDB). Recentemente, a base governista de Abilio, liderada por Dilemário Alencar (União) tentou evitar a inclusão do “orçamento mulher” no planejamento do município. A medida é uma bandeira da legislatura de Avalone e o movimento acabou irritando até mesmo quem não tinha nada a ver com o projeto, como vereadores que acompanharam o esforço da vereadora para aprovar o texto.

Abilio sofre críticas até de quem é intimimante ligado ao seu projeto político, como é o caso do ultraconservador Rafael Ranalli (PL), com quem o prefeito mantém vínculo ideológico. O policial federal criticou a desistência de Abilio em criar uma guarda municipal e fez críticas a demora no cumprimento da promessa de retirada dos radares de Cuiabá.

As perspectivas para Abilio pós recesso parlamentar também não são positivas, caso voltem à Câmara de Cuiabá os vereadores Sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL). Os dois tendem a retornar ao legislativo com o que um dos vereadores ouvidos pela reportagem do classificou como “sangue nos olhos”.

Por enquanto, Abilio tem aliados no lugar dos dois edis, que foram afastados por decisão judicial, provocada por uma denúncia feita pelo próprio Abilio, que acabou derrubando dois aliados. Quem ocupa o lugar de Chico 2000, por exemplo, é o discreto Felipe Corrêa (PL). No lugar de Joelson, está o novato Gustavo Padilha (PSB). Os dois seguem como aliados de Abilio.

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